terça-feira, 25 de setembro de 2018

Podemos ter a certeza da salvação?

Texto básico: 1 João 5.6-13
Texto devocional: Romanos 8.12-17
Versículo-chave: Hebreus 10.22
“Aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza da fé.”
Alvo da lição: O aluno que tiver dúvida à respeito de sua salvação terá pela certeza da sua fé: mas também aquele presunçoso será despertado sua falsa certeza (“o crentinho”) e chegará a colocar sua fé total em Cristo.
Leia a Bíblia diariamente
S – Lc 18.9-14
T – Mt 7.15-23
Q – 1 Jo 4.6-15
Q – Jo 10.22-30
S – Jo 3.31-36
S – Tt 3.4-7
D – Rm 8.12-17
Há muita gente em nossas igrejas que não tem “plena certeza de fé”. Tais pessoas não têm certeza de que seus pecados foram perdoados, e certamente não podem dizer com convicção que vão para o céu.
Quando fazemos a pergunta: “Você tem certeza da sua salvação?”, muitas vezes, vem a resposta “Acho que sim, espero que sim”. Tais respostas mostram que essas pessoas não conhecem a Bíblia.
Há pessoas que têm dúvidas. Podem ser dúvidas a respeito do amor de Deus ou a respeito da realidade da sua própria experiência de salvação. Outros insistem que é presunçoso dizer que sabem que seus pecados já estão perdoados ou que sabem que vão para o céu. Medo de ser considerado presunçoso tem impedido muitas pessoas de entrar na “plena certeza da fé”. Mas há também o contrário – pessoas presunçosas que acham que são crentes e não são.

I. Presunção

O Novo Testamento está cheio de exemplos de pessoas que pensaram que eram salvas, mas, de fato, estavam enganando a si mesmas.
1. O fariseu (Lc 18.9-14)
Ele confiava em si mesmo e não hesitou em aproximar-se de Deus, com plena certeza, mas faltou-lhe o coração quebrantado do publicano arrependido.
2. O judeu (Rm 2.17-23)
Um homem zeloso e religioso, gloriando-se em Deus, este acha que é um “guia dos cegos… instrutor de ignorantes”, mas infelizmente não pratica aquilo que prega e ensina (v.21). É possível professar ser crente, mas de fato ser hipócrita e ignorante da fé verdadeira.
3. Os professos (Mt 7.21-23)
No Sermão do Monte, Jesus falou desta possibilidade: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus… Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor!… Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci”. Isso mostra que nem palavras corretas: “Senhor, Senhor!”, nem obras impressionantes (“expelimos demônios… fizemos muitos milagres”) são evidências suficientes de pertencer a Cristo. O que é essencial é obediência à vontade de Deus e um conhecimento pessoal de Cristo. Infelizmente, Cristo diz que há “muitos” que pensam que são crentes e não são.
Vamos aplicar esse ensino aos nossos dias: muitos, naquele dia, hão de dizer a Cristo: “Senhor, será que nós não cantamos no coral da igreja tal, dirigimos o louvor, fomos professores da escola bíblica, etc.” e Ele pode nos dizer: “nunca vos conheci”. Qual é a sua verdadeira situação perante Cristo?
4. As dez virgens (Mt 25.1-13)
Mais uma vez notamos que metade das dez que estavam esperando a volta do noivo ficou do lado de fora quando “fechou-se a porta”. Sim, há pessoas que esperam a volta de Jesus, mas não estão preparadas e, na hora da volta Dele, ficarão fora.
Aplicação
 Você já nasceu de novo? É bom que estejamos em estado de alerta ao fato de que a Bíblia dá muitos avisos contra pessoas que presumem que são crentes, mas nunca experimentaram o novo nascimento. Então, onde você está? Dentro ou fora?

 II. Dúvidas

Dúvidas são o contrário de presunção. Há alguns que não têm “plena certeza de fé” porque lhes falta um “sincero coração”, enquanto há outros que não têm “plena certeza” porque não têm se aproximado de Deus – são pessoas cheias de dúvidas. Há muitos em nossas igrejas assim. Correram bem na vida cristã por algum tempo, mas, depois, começam a ter dúvidas a respeito da sua salvação – “Será que sou crente mesmo?”.
Às vezes, isso é resultado de frieza de coração, de esterilidade espiritual, de fraqueza em testemunhar. Às vezes, a causa é de falta de conhecimento da Palavra do Senhor.
1. Dúvida é uma situação muito comum
a) Pedro (Mt 14.31), que se tornou um grande líder, no início foi repreendido por Jesus: “Homem de pequena fé, por que duvidaste?”
b) Tomé (Jo 20.24-29) é o maior exemplo de um discípulo que duvidava – “não sejas incrédulo, mas crente”. Mas se temos, no meio das nossas dúvidas, um amor por Cristo como Tomé tinha, então chegaremos à mesma confissão: “Senhor meu e Deus meu!”
c) Os primeiros crentes em Antioquia (At 11.23). Barnabé “exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecem no Senhor”, porque reconhecer que eles tinham a tendência de vacilar na fé.
2. Causas de dúvidas
a) Um começo falso – Simplesmente porque uma pessoa levanta a mão na hora de apelo (ou vai à frente) não quer dizer que é nascida de novo. Tornar-se crente não é recitar uma fórmula mágica a pedido do pregador. É possível ir à frente por causa de pressão psicológica.
b) Uma falsa ideia da vida cristã – Há crentes que acham que depois de aceitar a Cristo não terão mais problemas ou sofrimentos, e não sabem que provações fazem parte do nosso amadurecimento cristão (Hb 12.4-13; Tg 1.2-4).
c) Falha em compreender a base do nosso perdão – Perdão vem da imerecida graça de Deus. O problema surge quando o novo crente peca – “Não sou mais crente!”. Temos que confessar o nosso pecado de novo ao Senhor. Perdão é algo constante – o sangue de Jesus Cristo continua a nos purificar de todo pecado (1Jo 1.7,9).
d) Falha em compreender a base de nosso perdão – Às vezes, a falta de “plena confiança” é por causa de pecado que ainda não foi confessado. O crente tem cometido pecado contra a orientação da palavra de Deus, mas o pecado nunca foi repudiado ou confessado. Foi assim na história de Davi (Sl 32.3-4).
e) Falha em apropriar-se dos “meios da graça” – Deus tem providenciado os meios pelos quais a alma pode ser abençoada, mas se o crente começar a negligenciar a leitura da Bíblia, a oração e os cultos na igreja, então vai esfriar na fé e duvidar da salvação (Hb 10.25).

 III. Plena certeza da nossa salvação

Podemos ter plena certeza da nossa salvação? Podemos! Aqui seguem três motivos por que podemos saber com certeza que uma vez salvo, sempre sou salvo.
1. As promessas da palavra de Deus declaram a nossa salvação
A Bíblia, embora não nos dê lugar para presunção ou dúvidas, fornece muitas provas para que tenhamos plena confiança da nossa salvação.
a) João 3.36 – “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna”. Jesus não disse: Talvez tenha a vida eterna, mas sim, tem a vida eterna agora ( Jo 5.24; 6.47; Rm 10.9-10).
b) João 10.28-29 – “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão…”. Nem Satanás pode nos tirar das mãos do Senhor.
c) 1 João 5.13 – “Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”. Não é “talvez tenhais a vida eterna”. Sim, você pode saber que tem a vida eterna. Aleluia!
2. A perfeição da obra de Cristo assegura a nossa salvação
Quando Cristo morreu na cruz, pagou a penalidade de todo o nosso pecado – a Sua obra na cruz foi perfeita e completa. Isaías 53.6 diz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Ef 2.8-9; Tt 3.4-7; Hb 9.26-28). Romanos 5.10 afirma: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”.
 3. O testemunho do Espírito Santo no íntimo confirma a nossa salvação
O terceiro garantidor, o Espírito Santo, acompanha-nos para verificar a nossa chegada segura nos céus. Ele pessoalmente está conosco para nos ajudar e opera em nós, preparando-nos para o céu e para ficar na presença do Pai. Fomos selados pelo Espírito, o que indica que pertencemos ao Senhor, e Ele é o garantidor “da nossa herança” (Ef 1.13-14). Romanos 8.16 diz: “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos deDeus”. Não seremos, mas sim somos. O Espírito Santo confirma a decisão no coração, porque conversão é obra do Espírito. E uma vez filhos, sempre somos filhos.
Mas que acontece quando a gente peca? Não perdemos a salvação? Não, de jeito nenhum! Quando um filho é desobediente, e mesmo chega a brigar com seu pai, que acontece? Ele continua sendo filho, mas o ambiente na casa fica carregado. É a mesma coisa em nosso relacionamento com Deus: quando pecamos, a nossa comunhão com Ele é afetada. Devemos, então, restabelecê-la, pedindo perdão, mas nunca deixamos de ser filhos.
Aplicação
 Você tem a plena certeza da sua salvação?

 Conclusão

 A Bíblia contém tanto encorajamento quanto avisos – que nunca devemos vacilar numa agonia de dúvidas, nem perecer numa certeza que foi mal colocada.
Em vez de manter os nossos olhos fixos no Senhor Jesus Cristo e através Dele gozar a plena certeza da nossa salvação, tantas vezes voltamos nossos olhos para nós mesmos e para a nossa incapacidade e nossas falhas. Por isso duvidamos. Precisamos confiar totalmente nas promessas preciosas da palavra de Deus, na perfeição da obra redentora de Cristo e na confirmação do testemunho do Espírito em nosso coração.
>> Autor da Lição: Pr. John D. Barnett
>> Estudo publicado originalmente pela LUZ DO MUNDO. Usado com permissão.




segunda-feira, 17 de setembro de 2018

CAPÍTULO III. SOBRE A TRINDADE




                                        CAPÍTULO III. SOBRE A TRINDADE 

CREMOS, professamos e ensinamos o monoteísmo bíblico, que Deus é uno em essência ou substância, indivisível em natureza e que subsiste eternamente em três pessoas — o Pai, o Filho e o Espírito Santo, iguais em poder, glória e majestade e distintas em função, manifestação e aspecto: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). As Escrituras Sagradas claramente revelam que a Trindade é real e verdadeira. Uma só essência, substância, em três pessoas. Cada pessoa da santíssima Trindade possui todos os atributos divinos — onipotência, 1 onisciência, 2 onipresença, 3 soberania 4 e eternidade. 5 A Bíblia chama textualmente de Deus cada uma delas; 6 as Escrituras Sagradas, no entanto, afirmam que há um só Deus e que Deus é um: “Todavia para nós há um só Deus” (1 Co 8.6); “mas Deus é um” (Gl 3.20); “um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.6).

1. A unidade na trindade. A unidade de Deus não contradiz a doutrina da Trindade porque Deus não é uma unidade absoluta, e sim uma unidade composta e dinâmica. Seu relacionamento com o Filho e o Espírito Santo é desde a eternidade.7 O nome Elohim, plural de Eloah, “Deus” em hebraico, revela os primeiros vislumbres da Trindade no Antigo Testamento. É o nome que aparece na declaração: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). O verbo “criou” está no singular, e o sujeito Elohim, “Deus”, no plural, o que revela uma pluralidade na deidade. Além disso, o monoteísmo do Antigo Testamento não é absoluto e permite a pluralidade na unidade: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1.26); “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3.22); “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua” (Gn 11.7). Essa pluralidade na unidade é vista também no profeta Isaías: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Is 6.8). Mas o Novo Testamento tornou explícito o que antes estava implícito no Antigo Testamento, mostrando clara e diretamente as três pessoas associadas em unidade e igualdade, como a fórmula batismal em Mateus 28.19 e em outras passagens: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1 Co 12.4- 6); e na bênção apostólica: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!” (2 Co 13.13). Essa unidade de natureza reaparece mais adiante: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.4-6); e na obra da redenção: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pe 1.2). Assim, o que estava implícito no Antigo Testamento é revelado explicitamente no Novo Testamento e fica confirmado que a pluralidade na divindade é tríplice, como Jesus deixou claro ao ordenar o batismo “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

2. Negação ao unicismo, unitarismo e triteísmo. Negamos o unicismo sabelianista e moderno, ou seja, que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três modos de uma mesma pessoa divina, porque está escrito que as três pessoas são distintas.8 Negamos também o unitarismo, pois essa doutrina afirma que somente o Pai é Deus, negando, assim, a divindade do Filho e do Espírito Santo, ao passo que as Escrituras Sagradas ensinam a divindade do Filho e do Espírito Santo.9 Também negamos o triteísmo, ou seja, que existam três deuses separados, pois a Bíblia revela a existência de um único Deus verdadeiro: “há um só Deus e que não há outro além dele” (Mc 12.32); “todavia, para nós há um só Deus” (1 Co 8.6). Essa doutrina monoteísta tem implicação para a salvação: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). Cremos que a doutrina da santíssima Trindade é uma verdade bíblica, conforme definida no Credo de Atanásio: “A fé universal é esta: que adoremos um Deus em trindade, e trindade em unidade; não confundimos as Pessoas, nem separamos a substância”. Os triteístas acreditam em mais de um Deus, os unicistas confundem as pessoas, e os unitaristas separam a substância. São crenças inadequadas que estão em desacordo com a fé cristã bíblica e histórica, razão pela qual nós as 24 rejeitamos. Há um só Deus que subsiste em três pessoas distintas, definidas e identificadas com a mesma natureza divina

3. A função das três Pessoas da Trindade. É possível um membro da Trindade subordinar-se voluntariamente a um ou aos dois outros membros, mas isso não significa ser inferior em essência. Há uma absoluta igualdade dentro da Trindade, e nenhuma das três Pessoas está sujeita, por natureza, à outra, como se houvesse uma hierarquia divina. Existe, sim, uma distinção de serviço. O Pai possui a mesma essência divina das demais pessoas da Trindade.10 O Filho é gerado do Pai, 11 e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho.12A paternidade é o papel da primeira pessoa da Trindade que opera por meio do Filho e por meio do Espírito Santo.13 O Pai proclamou as palavras criadoras, 14 e o Filho executou-as. 15 O Pai planejou a redenção, 16 e o Filho, ao ser enviado ao mundo, realizou-a. 17 Quando o Filho retornou ao céu, o Espírito Santo foi enviado pelo Pai e pelo Filho para ser o Consolador e Ensinador.18 A subordinação do Filho não compromete a sua deidade absoluta e, da mesma forma, a subordinação do Espírito Santo ao ministério do Filho e ao Pai não é sinônimo de inferioridade. Quando o Senhor Jesus disse: “o Pai é maior do que eu” (Jo 14.28) — pois Ele fez-se servo,19 como consequência da encarnação — não quis dizer, com essa declaração, que se tornou, em substância, menor que o Pai, e sim que se subordinou funcionalmente à vontade do Pai: “porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou” (Jo 5.30); “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.38); “Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9). A submissão do Filho foi uma condição voluntária para o seu messiado: “também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1 Co 15.28). Isso não compromete a deidade absoluta do Filho: “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9), nem a igualdade de essência e de substância das três Pessoas da Trindade. 

4. O Deus Pai. O Pai já é identificado como Deus com abundante frequência nas Escrituras: “porque a este o Pai, Deus, o selou” (Jo 6.27); “e por Deus Pai [...] da parte de Deus Pai” (Gl 1.1,3). O Pai possui a mesma essência divina das demais pessoas da Trindade. Isso está mais do que evidente na fórmula batismal: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

 5. O Deus Filho. O Senhor Jesus Cristo é, desde a eternidade, o único Filho de Deus e possui a mesma natureza do Pai, como afirmam os credos: “consubstancial com o Pai”, em grego, homooúsion to patrí, que significa “da mesma substância com o Pai”, qualifica a unidade de essência do Pai e do Filho. Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Ele é a segunda pessoa da Trindade e que foi enviado pelo Pai ao mundo.20 Ensinamos que o Filho se fez carne, possuindo agora duas naturezas, a divina e a humana21, sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.22 Acreditamos em sua concepção sem pecado no ventre da virgem Maria.23 Negamos que tenha sido criado ou passado a existir somente depois que foi gerado por obra do Espírito Santo. 24 Confessamos que o Filho é autoexistente: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26); “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58) e eterno, 25 que voluntariamente se sujeita ao Pai.26 Que, em obediência ao plano do Pai, morreu e ressuscitou para que o mundo fosse salvo. 27 Que, vitorioso, ascendeu ao céu, assentando-se à direita de Deus Pai. 28 Que o Filho é o único mediador entre Deus e os seres humanos, 29 o propiciador, 30 o único salvador, 31 o nosso sumo sacerdote e intercessor.3

6. O Deus Espírito Santo. O Deus Espírito Santo possui a mesma essência do Deus Pai e do Deus Filho; Ele é a terceira pessoa da Trindade e foi enviado ao mundo pelo Pai e pelo Filho; Ele é “o Espírito que provém de Deus” (1 Co 2.12) e penetra até as profundezas de Deus.33 Negamos que o Espírito Santo seja apenas um atributo da divindade porque Ele é Deus e Senhor.34 A obra do Espírito Santo é dar prosseguimento ao plano de salvação idealizado por Deus Pai e executado pelo Deus Filho.35 Ensinamos que o Espírito Santo possui o papel de regenerar, purificar e santificar o homem e a mulher36 e que é Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo.37 Quem concede a segurança da redenção38 e capacita o salvo para o serviço cristão; 39 que guia, dirige e conduz o povo de Deus; 40 quem inspirou os profetas e apóstolos bíblicos, 41 reparte os dons espirituais42 e produz nas pessoas as virtudes que refletem o caráter de Deus, denominado fruto do Espírito: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22,23). 

1- Onipotência: o Pai – “E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Ef 1.19); o Filho – “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1.8); o Espírito Santo – “pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo” (Rm 15.19).

2 Onisciência: o Pai – “SENHOR, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces” (Sl 139.1-4); o Filho – “Agora, conhecemos que sabes tudo e não precisas de que alguém te interrogue. Por isso, cremos que saíste de Deus” (Jo 16.30); o Espírito Santo – “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (1 Co 2.10,11).

3 Onipresença: o Pai – “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13); o Filho – “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20); o Espírito Santo – “Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” (Sl 139.7-10)

4 Soberania: o Pai - “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13); o Filho – “acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Ef 1.21); o Espírito Santo – “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17 – Versão Almeida Atualizada). 

5 Eternidade: o Pai – “O teu trono está firme desde então; tu és desde a eternidade” (Sl 93.2); o Filho – “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6); o Espírito Santo – “quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9.14). 

6 Deus: o Pai – “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3); o Filho – “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1); o Espírito Santo – “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4).

7 “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5).

 8 “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17).

9 “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1); “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3, 4). 

10 “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30); “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (1 Co 2.10,11).

11 “Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei” (Hb 5.5). 

12 “Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito da verdade, que procede do Pai, testificará de mim” (Jo 15.26); “E, havendo dito isso, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22)

13 “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1 Co 12.4-6); “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.4-6). 

14 “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.9); “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.3).
 15 “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada que foi feito se fez” (Jo 1.3); “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele” (Cl 1.16). 

16 “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tt 1.2). 

17 “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (Jo 17.4); “E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hb 5.9). 

18 “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). 

19 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6,7). 

20 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.16,17); “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos” (1 Jo 4.9). 

21 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.6-11). 

22 “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus [...]. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.1,14); “acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, — Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 1.3,4); “dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Rm 9.5). 

23 “E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.20); “Quem dentre vós me convence de pecado? E, se vos digo a verdade, por que não credes?” (Jo 8.46); “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1 Pe 2.22); “E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado” (1 Jo 3.5). 

24 “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.16,17). 

25 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6); “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2); “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). 

26 “Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4.34); “Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.38). 

27 “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17); “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15); “E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo” (1 Jo 4.14).

 28 “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus” (Mc 16.19); “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do 27 seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3).

 29 “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5). 

30 “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2). 

31 “Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11); “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). 

32 “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.24-27). 

33 “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (1 Co 2.10,11). 

34 “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4); “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.17 – Versão Almeida Atualizada). 

35 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós” (Jo 14.16,17). 

36 “E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11); “não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5). 

37 “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.7,8). 

38 “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória” (Ef 1.13, 14). 

39 “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). 

40 “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir” (Jo 16.13). 

41 “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.20,21). 

42 “Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.8-11).




CAPÍTULO II. SOBRE DEUS



                                                       CAPÍTULO II. SOBRE DEUS

CREMOS, professamos e ensinamos que Deus é o Supremo Ser, Criador do céu e da terra: “Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu” (Is 45.18); que Ele é o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: “[...] para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31); que Ele é Espírito doador e mantenedor de toda a vida: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-poderoso me deu vida” (Jó 33.4); que Ele é o único Deus verdadeiro:1 “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3) e não há outro além dEle: “Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim, não há deus [...] que fora de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro” (Is 45.5,6). Ele é identificado na Bíblia como Deus: “Eu sou Deus, o Deus de teu pai” (Gn 46.3), Deus Altíssimo2 e Deus Todo-poderoso,3 Jeová4 e Senhor,5 além de outros nomes. Deus é um ser pessoal, que possui atributos naturais, morais e de poder, qualidades e virtudes que lhe são próprias.

1. Sobre os atributos naturais. Deus é espírito: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Ele é eterno, nunca teve começo, princípio e nunca terá fim: “O Deus eterno te seja por habitação, e por baixo de ti estejam os braços eternos” (Dt 33.27), pois Ele existe por si mesmo: “como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26). Deus mesmo disse: “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). De eternidade a eternidade, Ele é Deus desde antes da fundação do mundo6 e subsiste em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Deus é invisível. Espírito não se compõe de matéria, não tem carne nem osso,7 pois é substância imaterial e invisível. “O qual é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). Nenhum ser humano o viu nem o pode ver.8 Ele é imutável: “Porque eu, o SENHOR, não mudo” (Ml 3.6); é o mesmo desde a eternidade.9 É um ser transcendente (fora da criação) e imanente (relaciona-se com a criação),10 além de infinito: “Grande é o nosso SENHOR e de grande poder; o seu entendimento é infinito” (Sl 147.5). Deus é um ser pessoal. Ele tem consciência de si mesmo11 e possui poder de autodeterminação.12 A Bíblia mostra que em Deus há os elementos constitutivos da personalidade, como intelecto,13 emoção14 e vontade,15 além dos atributos como alguém que fala: “E disse Deus” (Gn 1.3); vê: “E viu Deus que era boa a luz” (Gn 1.4); e ouve: “e tenho ouvido o seu clamor” (Êx 3.7).

2. Sobre os atributos morais. Deus é amor: “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 Jo 4.8). Ele é incomparável em santidade;16 nenhum outro atributo divino é tão solenizado nas Escrituras como esse: “Não há santo como é o SENHOR; porque não há outro fora de ti” (1 Sm 2.2). Incomparável é, ainda, em verdade 17 e fidelidade, 18 em justiça 19 e amor, 20 em bondade,21 benignidade,22 misericórdia23 e graça.24

3. Sobre os atributos de poder. As perfeições exclusivas de Deus, como a onipotência, a onisciência e a onipresença, são elementos que comprovam a sua grandeza e infinitude. Deus é onipotente; Ele é o Deus Todo-poderoso: “Porque para Deus nada é impossível” (Lc 1.37). O poder de Deus é ilimitado, não há coisa alguma impossível para Ele.25 A sua vontade, porém, é determinada por sua natureza santa e justa, pois Ele não pode ver o mal e nem praticá-lo: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar” (Hc 1.13); nem pode mentir: “a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tt 1.2). A onisciência é o conhecimento pleno de todas as coisas necessárias ou contingentes que acontecem,26 aconteceram, acontecerão27 e que poderiam ou não acontecer. 28 O conhecimento de Deus é perfeito e absoluto sobre todas as coisas no céu e na terra,29 de todos os eventos e de todas as circunstâncias que devem e podem ser, que serão e que seriam por toda a eternidade passada e futura: “que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam” (Is 46.10). Trata-se de um conhecimento infinito e imediato em que “não há esquadrinhação” (Is 40.28). Deus é onipresente.30 19 “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado” (1 Rs 8.27).

4. Sobre o nome “Deus”. O Deus verdadeiro revelado nas Escrituras apresenta-se a si mesmo com diversos nomes e títulos que são inerentes à sua natureza e que revelam suas obras e seus atributos. Há três termos no Antigo Testamento hebraico para “Deus”. São eles: El, Eloah e Elohim. O Novo Testamento grego usa o substantivo theós para “Deus”. O nome El significa “ser forte, proeminente”, sendo um termo semítico muito antigo para a divindade, usado para identificar o Deus de Israel: “E levantou ali um altar e chamou-lhe Deus, o Deus de Israel” (Gn 33.20). É, contudo, empregado também para deidades dos antigos povos semitas como nomes próprios e como apelativos.31 Eloah é uma forma expandida de El, e Elohim é o plural de Eloah. O nome Elohim refere-se à ideia mais abstrata da deidade, de um Deus universal e Criador do mundo, indicando a transcendência da sua natureza. Deus é apresentado pela primeira vez na Bíblia com esse nome: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). É o único nome empregado para o Criador no relato da criação em Gênesis, capítulo 1.

5. Sobre outros nomes de Deus. Outros nomes são mencionados nas Escrituras, os quais também revelam a natureza e os atributos do Deus de Israel, como Elyon, Shadday, Adonay e Yaweh. O nome Elyon significa “Altíssimo”: “Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo” (Gn 14.19); Shadday quer dizer “Todo-poderoso”: “apareceu o SENHOR a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso” (Gn 17.1); e Adonay indica “Senhor”: “eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono” (Is 6.1). O nome Yaweh é conhecido por meio do Tetragrama (as quatro consoantes do nome divino YHWH), identificado também como “Jeová”, cuja forma foi inventada no final da Idade Média quando as vogais do nome Adonai foram inseridas no Tetragrama. A forma híbrida “Jeová” não é bíblica, mas assim ela foi passada para a cultura ocidental; entretanto, aos poucos, esse nome vem sendo substituído pela forma Iavé ou Javé, que é a pronúncia mais próxima do original. O Tetragrama vem do verbo “ser”, no hebraico, da expressão: “EU SOU O QUE SOU” (Êx 3.14). Isso revela que Deus é o que tem existência própria, ou seja, existe por si mesmo. É o imutável, o que causa todas as coisas, é autoexistente, aquEle que é, que era e que há de vir, o Eterno. O nome Javé aparece quando as características estão claras e concretas, sugerindo, assim, um Deus pessoal que se relaciona diretamente com o povo: “E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração” (Êx 3.15), e nisso difere do emprego do nome Elohim no Antigo Testamento. A partir de 300 a.C., o nome Adonai passou gradualmente a ser mais usado que o Tetragrama, até que o nome Javé tornou-se completamente impronunciável pelos judeus.

6. Sobre as obras de Deus. A Bíblia ensina que o universo foi planejado por Deus antes de ser criado.32 Planejamento, origem e manutenção de todas as coisas no céu e na terra envolvem governo e preservação de toda a criação. Tudo foi criado com propósito: “Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Ef 3.11). Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade.33 Os decretos ou conselhos divinos são o plano eterno e imutável de Deus claramente revelados nas Escrituras; dizem respeito à vontade e ao propósito de Deus, tais como a criação, 34 a encarnação do Verbo,35a eleição de Jesus como Salvador36 e a eleição de Israel37 e da Igreja.38 Trata-se de deliberações absolutas que nasceram do desígnio e propósito do Deus Trino na eternidade e que independem da ação humana ou de qualquer outro ser no Universo.39 Ninguém é capaz de frustrar esses desígnios de Deus: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42.2) ou “e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (ARA). A providência divina é atividade de Deus na preservação, concorrência e governo de todas as criaturas e de tudo o que ocorre na criação até seu destino final. A preservação é o cuidado divino em conservar e manter todas as coisas criadas: “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3). Isso inclui o homem na providência divina, bem como os demais seres viventes, sejam eles animados ou inanimados, e toda a natureza.40 Deus cuida de todos os viventes, desde a estrutura mais simples 20 até a mais complexa.41 O mundo não subsistiria sem o cuidado e a vontade preservadora de Deus. É também nesse sentido que opera a concorrência.42 Por seu turno, o governo divino não é um controle meticuloso43 ao ponto de excluir a liberdade humana; o seu reger por direito fixa limites a essa liberdade: “porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).

1 “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4; Mc 12.29); “Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim, não há deus; eu te cingirei, ainda que tu me não conheças” (Is 45.5); “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3); “todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1 Co 8.6); “Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um” (Gl 3.20); “um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4.6); “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.5).

2 “E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra” (Gn 14.19).

3 “E eu apareci a Abraão, e a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido” (Êx 6.3).

4 “Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de JEOVÁ, és o Altíssimo sobre toda a terra” (Sl 83.18).

5 “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo” (Is 6.1).

6 “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).

7 “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39).

 8 “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém!” (1 Tm 1.17); “aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém!” (1 Tm 6.16).

9 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17).

10 “Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra; que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado” (Sl 113.5-7); “Grande é o nosso SENHOR e de grande poder; o seu entendimento é infinito” (Sl 147.5); “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17).

11 “Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim, não há deus; eu te cingirei, ainda que tu me não conheças” (Is 45.5).

12 “Mas, se ele está contra alguém, quem, então, o desviará? O que a sua alma quiser, isso fará” (Jó 23.13); “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11).

13 “E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores” (Êx 3.7).

14 “O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sf 3.17).

15 “Que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade; que chamo a ave de rapina desde o Oriente e o homem do meu conselho, desde terras remotas; porque assim o disse, e assim acontecerá; eu o determinei e também o farei” (Is 46.10, 11).

16 “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores” (Êx 15.11); “Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso, todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos” (Ap 15.4). 21

 17 “Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade” (Sl 31.5); “Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é” (Dt 32.4).

18 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

19 “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18.25); “Ante a face do SENHOR, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com a sua verdade” (Sl 96.13).

20 “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor [...]. E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor e quem está em amor está em Deus, e Deus, nele” (1 Jo 4.8,16).

21 “O SENHOR é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” (Sl 145.9); “E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom, senão um só que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos” (Mt 19.17).

22 “Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre” (Sl 136.1).

23“Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade” (Sl 103.8); “Eis que temos por bemaventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg 5.11).

 24 “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.4,5).

25 “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará” (Sl 91.1); “Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis” (Mc 10.27); “E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus Todo-poderoso, reina” (Ap 19.6).

26 “SENHOR, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces” (Sl 139.1-4).

27 “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” (Is 46.9,10).

28 “Disse mais Davi: Entregar-me-iam os cidadãos de Queila, a mim e aos meus homens, nas mãos de Saul? E disse o SENHOR: Entregariam. Então, se levantou Davi com os seus homens, uns seiscentos, e saíram de Queila e foram-se aonde puderam; e, sendo anunciado a Saul que Davi escapara de Queila, cessou de sair contra ele” (1 Sm 23.12,13); “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido com pano de saco grosseiro e com cinza” (Mt 11.21); “a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (1 Co 2.8).

29 “Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos?” (Jó 37.16); “SENHOR, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces” (Sl 139.1-4).

30 “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? — diz o SENHOR. Porventura, não encho eu os céus e a terra? — diz o SENHOR” (Jr 23.24); “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13).

31 “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?” (Êx 15.11); “Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; Deus zeloso é ele” (Êx 34.14); “Assim, só o SENHOR o guiou; e não havia com ele deus estranho” (Dt 32.12). 22

 32 “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5); “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tt 1.2); “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8).

33 “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.9); “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11.3); “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Ap 4.11).

34 “Eu fiz a terra e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens” (Is 45.12).

35 “Jesus respondeu e disse-lhes: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou” (Jo 6.29). 36 “Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios” (Is 42.1); “E dela veio uma voz, dizendo: Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi” (Lc 9.35 – ARA).

37 “Porque povo santo és ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que sobre a terra há” (Dt 7.6).

38 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).

39 “Tudo que o SENHOR quis, ele o fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos” (Sl 135.6); “Que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” (Is 46.10); “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11).

40 “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?... E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?” (Mt 6.26, 28-30).

41 “Tu só és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas em vida a todos, e o exército dos céus te adora” (Ne 9.6); “Abres a mão e satisfazes os desejos de todos os viventes” (Sl 145.16).

42 “Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25)

43 “E edificaram os altos de Tofete, que está no vale do filho de Hinom, para queimarem a seus filhos e a suas filhas; o que nunca ordenei, nem me subiu ao coração” (Jr 7.31); “Sucedeu, pois, que, acabando o SENHOR de dizer a Jó aquelas palavras, o SENHOR disse a Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó” (Jó 42.7).

Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil Casa Publicadora das Assembleias de Deus



                                 Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil 
                                         Casa Publicadora das Assembleias de Deus

                                                      
                                                            Declaração de Fé

Cremos 1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão 

(2 Tm 3.14-17); 2. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11); 

3. No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16- 18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9); 

4. No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13); 

5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3.23; At 3.19); 

6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9); 

7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9); 

8. Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17); 

9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12); 

10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1 Pe 1.15); 

11. No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7); 

12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12); 

13. Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14); 14

 14. No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2 Co 5.10); 

15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4). 

16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

                                                      
                                                            Declaração de Fé

Cremos 1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão 

(2 Tm 3.14-17); 2. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11); 

3. No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16- 18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9); 

4. No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13); 

5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3.23; At 3.19); 

6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9); 

7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9); 

8. Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17); 

9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12); 

10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1 Pe 1.15); 

11. No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7); 

12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12); 

13. Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14); 14

 14. No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2 Co 5.10); 

15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4). 

16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

CAPÍTULO I. SOBRE AS SAGRADAS ESCRITURAS



                            CAPÍTULO I. SOBRE AS SAGRADAS ESCRITURAS

 Nossa declaração de fé é esta: cremos, professamos e ensinamos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, única revelação escrita de Deus1 dada pelo Espírito Santo,2 escrita para a humanidade e que o Senhor Jesus Cristo chamou as Escrituras Sagradas de a “Palavra de Deus”; 3 que os livros da Bíblia foram produzidos sob inspiração divina: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil” (2 Tm 3.16 – ARA). Isso significa que toda a Escritura foi respirada ou soprada por Deus, o que a distingue de qualquer outra literatura, manifestando, assim, o seu caráter sui generis. As Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores humanos falaram e escreveram por inspiração verbal e plenária do Espírito Santo: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Deus soprou nos escritores sagrados, os quais viveram numa região e numa época da história e cuja cultura influenciou na composição do texto. Esses homens não foram usados automaticamente; eles foram instrumentos usados por Deus, cada um com sua própria personalidade e talento. A inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática, 4 a inerrante, completa e infalível Palavra de Deus: “A lei do SENHOR é perfeita” (Sl 19.7). É a Palavra de Deus, que não pode ser anulada: “e a Escritura não pode falhar” (Jo 10.35 – ARA). 

1. Estrutura. Adotamos o Cânon Protestante e ensinamos, pois, que a Bíblia contém somente 66 livros inspirados por Deus, estando dividida em duas partes principais, Antigo e Novo Testamento, ambos escritos por ordem de Deus num período de 1.600 anos aproximadamente e por cerca de 40 homens de estratigrafias distintas, os quais escreveram em lugares e em épocas diferentes, como Moisés: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras; porque, conforme o teor destas palavras, tenho feito concerto contigo e com Israel” (Êx 34.27); Jeremias (cerca de 800 anos depois): “[...] veio esta palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo: Toma o rolo de um livro e escreve nele todas as palavras que te tenho falado sobre Israel, e sobre Judá, e sobre todas as nações, desde o dia em que eu te falei a ti, desde os dias de Josias até hoje” (Jr 36.1,2); e o apóstolo João (no final do primeiro século da era cristã): “[...] E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis” (Ap 21.5). Entretanto, a pluralidade de escritores e os diferentes lugares e épocas em que foi escrita não comprometeram a sua singular homogeneidade, pois se trata do pensamento de um único autor: Deus. 

2. Classificação. O Antigo Testamento contém 39 livros produzidos antes de Cristo e está dividido em quatro partes, pela seguinte ordem: Lei – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; Históricos – Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester; Poéticos – Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão; Proféticos – Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. O Novo Testamento contém 27 livros que foram produzidos depois da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e está dividido em quatro partes: Evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e João; Histórico – Atos dos Apóstolos; Epístolas – Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas; e Revelação – Apocalipse. Esses livros autorizados são chamados de canônicos. 

3. Propósito. São dois os propósitos das Escrituras Sagradas: revelar o próprio Deus e expressar a sua vontade à humanidade. Pelo primeiro, dentre outras formas de revelação, Deus graciosamente revelou a si mesmo pela Palavra: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Hb 1.1). Pelo segundo propósito, Deus expressa claramente a sua vontade redentora a todos e a cada um dos seres humanos sem nenhuma acepção de pessoas, por meio da fé em Jesus Cristo: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.17). Assim sendo, o Senhor Jesus Cristo é o centro das Escrituras. Ele mesmo disse: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de 16 Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44). Tudo o que precisamos saber sobre Deus e a nossa redenção está suficientemente revelado em sua Palavra. Ela é o manual de Deus para toda a humanidade, e suas instruções visam, também, à felicidade humana e o bem-estar espiritual e social de todos os seres humanos.5 

4. O poder da Palavra de Deus. A Bíblia revela o seu poder de forma clara e inconfundível. Ela emprega uma metáfora para mostrar esse poder quando chama a si mesma de “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6.17). O seu poder é capaz de destruir as fortalezas de Satanás6 , como também pode penetrar no mais íntimo do ser humano.7 O próprio Senhor Jesus Cristo derrotou Satanás usando o poder das Escrituras Sagradas quando foi tentado por este no deserto. Jesus evitou qualquer outro argumento, abriu mão do uso de seus poderes sobrenaturais, característicos do seu ministério terreno, e disse apenas “está escrito”, e isso por três vezes. Citou a Lei de Moisés, o livro de Deuteronômio: “[...] Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4);8 “[...] Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus” (v. 7);9 “[...] Porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (v. 10).10 

5. Os livros apócrifos e pseudoepígrafos. Não reconhecemos a autoridade espiritual dos livros apócrifos, nem dos pseudoepígrafos, chamados pelos católicos romanos, respectivamente, de deuterocanônicos e apócrifos. O Senhor Jesus fez menção das Escrituras Sagradas dos seus dias, a Bíblia tripartida dos judeus, “Lei, Profetas e Escritos”, e nelas não constam esses livros, 11 pois nunca fizeram parte do Antigo Testamento dos judeus. Os livros apócrifos (palavra que significa “escondido”) apresentam erros históricos e geográficos, bem como anacronismos, além de ensinarem doutrinas falsas e práticas divergentes das Escrituras inspiradas, a exemplo da oração pelos mortos. Os pseudoepígrafos (palavra que significa “falso escrito”) foram produzidos por autores anônimos e espúrios, que atribuíram indevidamente sua autoria a profetas e apóstolos. 

6. Mensagem. A Bíblia é, portanto, a mensagem clara, objetiva, entendível, completa e amorosa de Deus, cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito Santo, levar-nos à redenção em Jesus Cristo. Nós a interpretamos sob a orientação do Espírito Santo, observando as regras gramaticais e o contexto histórico e literário. 12 A Bíblia fornece-nos, ainda, o conhecimento essencial e indispensável à nossa comunhão com o Pai Celeste e com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitamos de uma nova revelação extraordinária ou pretensamente canônica para a nossa salvação e o nosso crescimento espiritual. O próprio Deus ordena que conservemos íntegra a sua Palavra: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4.2). O livro de Provérbios reafirma a inteireza e a pureza da Bíblia Sagrada: “Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso” (Pv 30.5,6). No encerramento do cânone divino, o Senhor Jesus chancela a integridade e a completude da Bíblia Sagrada: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro” (Ap 22.18,19). 




1 “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo” (Ap 1.1). 

2 “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.13,14). 

3 “Invalidando, assim, a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas” (Mc 7.13). 17 

 4 “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva” (Is 8.20). 

5 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17). 

6 “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo” (2 Co 10.4,5). 

7 “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). 

8 “E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem” (Dt 8.3). 

9 “Não tentareis o SENHOR, vosso Deus, como o tentastes em Massá” (Dt 6.16). 

10 “O SENHOR, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt 6.13); “Ao SENHOR, teu Deus, temerás; a ele servirás, e a ele te chegarás, e pelo seu nome jurarás” (10.20). 

11 “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24.44). 

12 “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Rm 8.14


Postagens mais visitadas

REDES SOCIAIS

MONETIZE SEU BLOG AGORA E GANHE DINHEIRO COM anunciAD